sábado, 20 de novembro de 2010

A Estratágia do Oceano Azul

O livro apresenta uma nova maneira de pensar sobre estratégia, resultando em uma criação de novos espaços (o oceano azul) e uma separação da concorrência (o oceano vermelho). Os autores estudaram 150 ganhadores e perdedores em 30 indústrias diferentes e viram que explicações tradicionais não explicavam o método dos ganhadores. O que eles acharam é que empresas que criam novos nichos, fazendo da concorrência um fator irrelevante, encontram um outro caminho para o crescimento.
Em busca de um crescimento sustentável e lucrativo, de olho em fatias generosas do mercado e trabalhando para tornar seus produtos — ou serviços — diferenciados em meio à concorrência, muitas empresas entram numa roda-viva de competição bruta, pesada.
O resultado dessa “batalha” é um “oceano vermelho”, nascido da luta sangrenta entre rivais por um potencial de lucros muitas vezes decrescente. Esse é o problema, segundo W. Chan Kim e Renée Mauborgne, autores de A Estratégia do Oceano Azul. Eles ensinam: “Não concorra com os rivais — torne-os irrelevantes”.
Muitas empresas acabaram se perpetuando não pela continuidade de suas operações, mas depois de passarem por mudanças e rupturas significativas — Du Pont, Swatch, General Electric, Accor são empresas do Oceano Azul que reinventaram seus setores, criando valor único para seus clientes e, conseqüentemente, valor sustentável para seus acionistas, empregados, fornecedores e para a sociedade”, comenta — no Prefácio à Edição Brasileira — André Ribeiro Coutinho, diretor e um dos consultores da Symnetics, que realizou a revisão técnica dessa tradução. Ele cita como exemplos de empresas nacionais que realizaram “inovações de valor” as Casas Bahia (“pela idéia genial de um varejo para atender consumidores das classes C e D”) e a Gol Linhas Aéreas (“que vem transformando o setor de aviação brasileira”).  

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

É difícil inovar no setor público?

Em entrevista ao site www.revista.fundap.sp.gov.br, sobre o tema da inovação no setor público, Carlos Henrique de Brito Cruz, engenheiro eletrônico formado pelo ITA, com mestrado e doutorado pelo instituto de Física da Unicamp,  reitor da Unicamp desde 2002 e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) de 1996 a 2000, disse acreditar que no setor público seja possível inovar tanto quanto em qualquer outro setor. A dificuldade não é maior do que a enfrentada por grandes empresas, que têm uma inércia grande também. Segundo ele, talvez o que motive esse pensamento sobre o setor público – sobre a ausência de inovação – seja a "má fama" que ele adquiriu injustamente. As pessoas tendem a associar organizações públicas a imobilismo. A reclamação muitas vezes é legítima, mas a má fama é indevida e prejudicial. Há muitas organizações públicas que funcionam bem no país.
Brito Cruz admite que de fato, com freqüência, ocorre de os gestores públicos não estarem preparados ou não demonstrarem suficiente interesse em desempenhar excepcionalmente bem seu papel, em contribuir para o cumprimento da missão da organização. E isso pode estar relacionado à dificuldade que há no setor público para recompensar o trabalho mais bem feito. No entanto, mesmo com essas dificuldades, ele acha que quando o gestor público quer de fato inovar, quando se dispõe a usar sua capacidade intelectual para isso, congregando a capacidade intelectual de outras pessoas, podem-se obter bons resultados
Ele finaliza falando que a liderança é muito importante. O gestor deve ser qualificado, sem dúvida. Passar por treinamentos, especializar-se. Mas é necessário que ele estimule o surgimento de novas idéias, que discuta internamente formas mais eficazes de atuação. Empresas de pesquisa têm em geral um departamento de pesquisa e desenvolvimento, encarregado de pensar coisas novas. As organizações públicas precisam encontrar formas de gerar e disseminar o conhecimento necessário para funcionarem melhor.
 
Fonte: www.revista.fundap.sp.gov.br

Entendendo os conceitos de Eficiência, Eficácia e Efetividade

As palavras Eficiência, Eficácia e Efetividade são amplamente conhecidas e difundidas, porém nem sempre compreendidas. São conceitos distintos, porém interligados. Uma tarefa pode ser executada com eficácia, porém sem eficiência e vice-versa. Em relação a efetividade, pode-se considerar como a prática da junção dos dois conceitos.
Gustavo Henrique Carles, técnico de suporte na Tron blogs, define esse conceitos da seguinte maneira:
Eficiência é a capacidade do administrador de obter bons produtos como produtividade e desempenho, utilizando a menor quantidade de recursos possíveis, como tempo, mão-de-obra e material, ou mais produtos utilizando a mesma quantidade de recursos.
Sendo assim, através deste conceito, temos que um administrador eficiente é aquele que realiza uma tarefa da melhor forma possível. Assim sendo, pode-se produzir algo interessante ao mercado, mas, se a produção deste produto não for feita com eficiência, muitas vezes o resultado final não será apropriado.
Eficácia é a capacidade de fazer aquilo que é preciso, que é certo para se alcançar determinado objetivo, escolhendo os melhores meios e produzir um produto adequado ao mercado. A eficiência envolve a forma com que uma atividade é feita, a eficácia se refere ao resultado da mesma.
Como exemplo de distinção entre os conceitos, temos a produção de um produto com eficiência, isto é, rapidamente e com baixos custos, mas que não é adequado, por exemplo, ao contexto e à situação econômica das pessoas. Nesse caso, temos eficiência, mas não eficácia. De acordo com Paulo Sandroni, em 1996, que resume bem essa idéia: “Fazer a coisa certa de forma certa é a melhor definição de trabalho eficiente e eficaz”.
Elaborando um pouco mais, podemos afirmar que a efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos; a eficiência indica a competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos e esforços; e a eficácia, por sua vez, remete à capacidade de alcançar as metas definidas para uma ação ou experimento.
As avaliações do desempenho de qualquer indivíduo, organização ou projeto estão relacionadas aos conceitos de eficácia, eficiência e efetividade. Estes conceitos são independentes entre si, ou seja, é possível alcançar cada um deles sem alcançar também os outros. O ideal, entretanto, é alcançar os três.
De acordo com a efetividade do processo, podemos obter valores produtivos que possuem a similaridade com o da eficiência de acordo com a relação entre o resultado obtido e o esforço dispendido. Sendo assim, quanto menor o esforço, o custo ou a quantidade de recursos dispendidos para alcançar um mesmo resultado, maior a produtividade e a efetividade e, quanto melhor a qualidade, o volume ou o valor do resultado alcançado com o mesmo custo, maior a produtividade.
Concluíndo, eficácia é a capacidade de realizar objetivos, eficiência é utilizar produtivamente os recursos e efetividade é realizar a coisa certa para transformar a situação existente.

Fonte: www.tron.com.br